Por Rogério Santana
O jornalista Fábio Seixas foi o participante da edição de maio da Cátedra de Jornalismo, Octávio Frias de Oliveira promovida pelo curso de Comunicação Social da FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado) em parceria com o jornal Folha de São Paulo, ontem (14/05) no auditório da Faculdade no bairro da Liberdade.
Seixas que é editor-adjunto do caderno Esporte falou sobre sua experiência em coberturas de grandes eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Ele ressaltou também sobre sua participação na cobertura das temporadas de Fórmula 1 que realizou para o jornal.
A palestra teve como pano de fundo as curiosidades e os problemas enfrentados pelo jornalista durante seu período de viagens. Segundo ele o lugar mais longe do mundo é a Malásia, pois nunca se chega lá, a corrida na Hungria é complicada, pois muitos policiais só querem extorquir os turistas, entre outros pontos desfavoráveis ao trabalho jornalístico.
Apesar das dificuldades, Seixas disse que o trabalho recompensa e usando uma frase atribuída ao avô, enfatizou: “Não se pode fazer cerimônia para trabalhar” dessa forma demonstrou que o repórter deve superar todas as barreiras para emplacar sua matéria.
Destacou também que no centro de imprensa há uma grande troca de informações entre jornalistas, porém é preciso confiar na fonte, ele citou o exemplo de uma corrida de Fórmula 1 em que havia inventado a história de que o alemão Michael Schumacher compraria a Sauber, porém tudo não passava de boato. Um dia depois de assunto ter se encerrado um repórter italiano do jornal “La Republica” veio perguntar sobre mais informações, pois ele já havia enviado duas matérias para a Itália sobre a possível compra.
Outra peripécia pela qual passou foi o durante o atentado as torres gêmeas em setembro de 2001 nos Eua. Fábio tinha uma entrevista exclusiva marcada com o presidente da Ferrai Luca di Montezemolo, no dia seguinte. Porém o dirigente não concedeu a entrevista, pois se disse muito abalado com o acontecido. Por sorte no mesmo dia houve um evento em que Montezemolo compareceu e respondeu três perguntas para Seixas, que acabou salvando a matéria.
Pequim 2008
Questionado por alunos presentes ao auditório, sobre como seria a cobertura da Folha em relação as Olimpíadas que começam em agosto, o jornalista disse que a internet dará os resultados instantaneamente, cabe então ao jornal impresso dizer aquilo que não foi visto na TV, fugir do factual é inevitável, mas procurar uma boa história a ser contada dentro do contexto da partida que as pessoas já sabem resultado é um dos objetivos dos repórteres de impresso.
A Folha enviará dez jornalistas entre eles Fábio que coordenará os repórteres na cobertura.
No final da palestra, Seixas disse que o impresso não vai acabar, por que o caminho encontrado pelo jornal foi apresentar uma reflexão dos fatos ocorridos no dia anterior e que todas as outras mídias já haviam noticiado rapidamente como a internet, o rádio e a televisão. Citou como exemplo os editorialistas que no dia após o acontecimento expõe a análise do fato de forma interpretativa.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Acadêmico - Jornalista da Folha apresenta palestra para alunos do curso de Comunicação Social
Postado por
Roda de Amigos
às
19:28
Marcadores: Fábio Seixas, Folha de São Paulo, jornalismo
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Um comentário:
intiresno muito, obrigado
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