domingo, 18 de janeiro de 2009

"The book is on the table" - O ensino da língua inglesa

Por Akio Uemura


“Tem professor aqui que engole conhecimento e vomita burrice”. Essas foram as palavras ditas por um aluno que comoveu Rosa Bossa, mestra na área da educação e diretora de um colégio particular. A partir de então começou a investir mais na formação de seus professores e procurar soluções novas para matérias conhecidas como críticas, como física, química e inglês.

As instituições públicas e particulares esforçam-se para que os alunos tenham uma formação eficiente nas matérias que compõem a grade curricular através de aulas de reforço, cursos técnicos e extracurriculares. Porém uma disciplina considerada marginal por professores, alunos, coordenadores e diretores é a língua estrangeira, mais especificamente o inglês.


“Nunca aprendi nada além do verbo ‘to be’!”, declara Érica, estudante do 3º ano do ensino médio em uma escola pública de São Paulo, e completa, “desde que eu comecei a ter aula de inglês sempre aprendi a mesma coisa, os professores não têm motivação”. Declaração muito semelhante à de Elaine Trevisan de Souza, assistente de coordenação de uma escola de idiomas, “muitas vezes contratam professores de português que viram inglês na faculdade por serem obrigados, fazendo com que não tenham vivência e didática para o ensino da língua”, citando a falta de professores para matérias de maneira específica nessas instituições e novamente o caso do verbo “to be”.

Por outro lado a aluna Érica lembra que seus colegas de classe muitas vezes não têm interesse nas aulas, por acharem que o conhecimento de uma língua estrangeira é desnecessário para seus futuros. Desinteresse é a justificativa que a professora Rita de Cássia, colégio particular e público, usa para tamanho desprezo e descaso com a matéria. “Nós tentamos levar coisas novas e interessantes para a sala de aula, tanto no estado quanto no particular, porém lidamos com a falta de recursos, escassez no tempo e a falta de atenção dos alunos”, lamenta.

A mestra em psicologia, Regina Bossa, explica que o jovem é preparado no dia-a-dia através das esferas cognitiva, afetiva e social. E a formação de um cidadão íntegro depende, principalmente, de sua base familiar, prejudicada pela contemporaneidade e suas mudanças político-sociais. Assim, independentemente do material utilizado ou do educador, o envolvimento e o comprometimento do aluno é muito mais importante.

Nenhum comentário:

eXTReMe Tracker